Características
Espécie secundária inicial a secundária tardia. As árvores de 8 a 20 m, podendo chegar a 30 m. Planta caducifólia, heliófita, dióica, decídua, xerófita (terreno seco). Tronco de 50-80 cm de diâmetro.
Origem: Nativa
Forma de vida: Árvore
Habitats naturais
Em áreas naturais se estabelece bem em formações abertas e muito secas (como do domínio do Cerrado e Caatinga) até em formações úmidas e fechadas (floresta pluvial).
Espécie recomendada para recuperação de solos degradados e compactos.
Cultivo
Local no jardim: canteiros ao sol
Plantio: logo após ser colhidas, as sementes devem ser colocadas para germinar em canteiros com substrato arenoso enriquecido de matéria orgânica, ou solos ricos em cálcio (Ca). A emergência ocorre em 8-18 dias e a germinação é superior a 80%. O cultivo deve ser feito em condições de sombreamento, preferencialmente, próximo de espécies pioneiras de crescimento rápido. Essa espécie apresenta crescimento considerado lento a moderado. Espaçamento: 5x5m.
Espécie indicada para arborização em geral.
Obs.: perde todas as folhas durante o inverno.
Frutificação
A frutificação no centro-oeste ocorre geralmente entre julho e agosto. Os frutos se desenvolvem apenas nos indivíduos fêmeas.
Fruto: drupa globosa carnosa. Os frutos variam de 0,4 a 0,6 cm de diâmetro.
Distribuição geográfica
Ceará até o estado de Mato Grosso do Sul e Paraná. Pode ser visto com frequência no nordeste do país, no oeste da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Ocorre também na Argentina, Paraguai e Bolívia.
Referências
Carvalho, P.E.R. 2003. Aroeira-verdadeira – Myracrodruon urundeuva. In: Carvalho, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. v. 1, p. 177-1875.
Garcia, F.C.P.; Bonadeu, F. 2020. Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em <https://reflora.jbrj.gov.br/consulta/>.
Lorenzi, H. 1992. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum.
Pareyn, F.G.C.; Araújo, E.L.; Drummond, M.A.; Miranda, M.J.A.C.; Souza, C.A.; Silva, A.P.S.; Brazolin, S.; Marques, K.K.M. 2018. Myracrodruon Urundeuva – Aroeira. In: Coradin, L.; Camillo, J.; Pareyn, F.G.C. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 766-772.
Vissoto, M.; Alves, F.M.; Maruyama, P.K.; Araujo, A.C. 2023. Mini-guia: frutos de plantas nativas atrativas para avifauna em ambiente urbano no Cerrado. Campo Grande, MS: Editora Maria Faceira.
Classificação científica
Clado: Angiospermas
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Gênero: Myracrodruon
Nome científico:
Myracrodruon urundeuva
Nome popular:
Urundeúva
Conservação:
(IUCN)
Frutificação:
